Classificação
Classe: Actinopterygii • Ordem: Characiformes • Família: Characidae
Nome binomial: Paracheirodon axelrodi (Schultz, 1956)
Sinônimos: Hyphessobrycon cardinalis, Cheirodon axelrodi
Grupo Aquário: Peixes de cardume, Tetras neotropicais
Nomes comuns
Tetra Cardinal, Tetra Neon, Neon, Cardinal
Inglês: Cardinal tetra, Cardinal tetra, Neon, Neon Tetra, Red Neon, Scarlet characin
habitat
América do Sul, alto do Orinoco e Bacia do Rio Negro
Países: Brasil, Colômbia e Venezuela
Encontrado em ambiente lêntico, águas negras cujo a característica é possuir o pH bastante ácido (4.0 – 5.0) com baixo teor de minerais e a presença de ácidos húmicos liberados pela decomposição de matéria orgânica, muitas vezes mata ciliar presente e substrato coberto de galhos caídos, raízes de árvores e serapilheira.
Quando ocorrente em águas brancas, vide sistema Orinoco, estas águas costumam ser claras e transparentes, substrato arenoso, muitas vezes com a presença de bastante vegetação aquática e vegetação ciliar, entre os quais os peixes se abrigam. Neste ambiente o pH costumam ser ácido (5.0 – 6.0), porém, não tanto como o biótopo de águas negras.
parâmetros da água
Pelágico; água doce
• pH: 4.0 – 7.0
• Dureza: 1 – 8
• Clima: tropical; 24°C – 30°C
Tamanho adulto
4 cm (comum 3cm)
• Estimativa de vida: 3-5 anos
Manutenção em aquário
Aquário com dimensões mínimas de 60 cm X 30 cm X 30 cm (54 litros) requerido. Presença de bastante plantas e raízes desejável formando refúgios. Iluminação preferencialmente moderada.
Espécie extremamente pacífica e cardumeira que poderá ser mantido em aquário comunitário, desde que não possua peixes de porte muito maior. Deve-se mantê-los em pelo menos 10 indivíduos para que fiquem desinibidos e a vontade. Há aquaristas que conseguem criá-los com peixes maiores como Discos e Acará Bandeiras, desde que os crie com estes ciclídeos ainda juvenis para irem se habituando a longo prazo.
Alimentação
Onívoro, essencialmente carnívoro. Alimenta-se de vermes e pequenos crustáceos, mesofauna, ovos, algas, detritos, etc. A maior parte de sua dieta é baseada em crustáceos como Cladocera, bem como alguns Copépodes, além de rotíferos, e secundariamente algas diatomáceas e algas verdes, formigas, detritos, ácaros, larvas de peixes e pedaços de frutas. Em cativeiro aceitarão prontamente alimentos secos, porém, deve-se fornecer alimentos vivos semanalmente como artêmias vivas e outros vermes.
Reprodução e dimorfismo sexual
Ovíparo, atingem a maturidade sexual com cerca de 9 meses. Fêmeas liberam seus ovos durante a estação chuvosa. O ritual de acasalamento ocorre com o macho nadando próximo a fêmea forçando a liberar os ovos na água, uma vez liberados são fertilizados em seguida. São liberados cerca de 500 ovos que irão afundar ou aderir a plantas (disseminação livre). Ovos eclodem em cerca de 24 a 30 horas após e as larvas estarão nadando livremente em cerca de 3 a 4 dias. Os ovos são fotossensíveis, sendo liberados em locais sombreados. Larvas também são fotossensíveis, e pelo menos nos sete primeiros dias de vida são habituados a presença da luz de forma gradual.
Fêmeas são ligeiramente maiores e mais largas que os machos, principalmente na região ventral. Machos adultos apresentam uma espécie de gancho na nadadeira pélvica.